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O plágio na Era da Cocriação

Artigo de opinião de Ivete Pereira Hipólito | Formadora, Mentora e Consultor

Com mais de metade dos jovens adultos a recorrer à IA para estudar, será o plágio um conceito obsoleto ou apenas mais difícil de detetar?
O Plágio na Era da Cocriação

Num curso que tirei há alguns (largos) anos, houve um colega de grupo que na sua parte de (um) trabalho fez uma cópia integral de uma fonte bibliográfica que se esqueceu de referir. Foi a rapidez com que terminou a sua parte e partilhou com o resto do grupo que intrigou: bastou pesquisar no Google a primeira frase do seu trabalho que o primeiro resultado demonstrou de imediato um plágio integral. Obviamente, e detetada a situação, os restantes colegas pediram que refizesse a sua parte do trabalho, evitando novos plágios ou cópias parciais que não fossem citações, sem atribuição de créditos ou referências bibliográficas. Afinal, nenhum de nós queria entregar um plágio como parte de um trabalho de grupo com cariz avaliativo.

Passados quase 20 anos deste episódio, vivemos imersos na era da cocriação com a Inteligência Artificial (IA).

Um estudo mundial realizado pela plataforma Appfigures indica que 58% dos utilizadores do ChatGPT estão na faixa dos 18 aos 24 anos e que a maioria destes utilizadores usa o ChatGPT para fins educacionais, como ajuda em tarefas, pesquisas e desenvolvimento de projetos.
Estamos, pois, progressiva e rapidamente, a deixar de procurar links e fontes e a passar a procurar respostas objetivas e previamente processadas pela IA.

Ferramentas como o ChatGPT, Claude, DeepSeek, Copilot e Gemini, mudaram radicalmente o significado de “plágio”. Formandos e alunos podem agora gerar conteúdos que parecem autênticos e originais, sem cópias de fontes conhecidas, dificultando não só a deteção, mas também a possibilidade de enquadramento dos trabalhos no conceito de plágio como o conhecemos. E todos concordamos que o refinamento atual vai muito além do “velhinho” copy – paste.

A banalização do uso de ferramentas de Inteligência Artificial tornou, por isso, ainda mais desafiante o trabalho de avaliação dos formadores e professores.
Foram inúmeras as formações recentes que facilitei em que me debati com esta questão, quer em trabalhos práticos, quer em testes formativos e sumativos. Mesmo disponibilizando atempadamente os conteúdos de formação, muitos formandos optam por recorrer à IA como fonte principal de informação, nem sempre cruzando a informação obtida com os conteúdos formativos, o que os impede de elaborarem respostas mais ajustadas ao que é ensinado durante as formações e alicerçadas na sua própria análise crítica.

E as ferramentas de deteção de trabalhos desenvolvidos pela IA podem ajudar a deslindar as questões de autoria e originalidade?

Na minha opinião e pela minha experiência, não funcionam com precisão, até porque estas ferramentas demonstram dificuldade a acompanhar a acelerada evolução da tecnologia de Inteligência Artificial.

É minha convicção que o caminho do policiamento e da penalização pelo uso das ferramentas de IA não funciona. O processo deve ser ao contrário, com enfoque na pedagogia: em vez de colocarmos as questões esperando obter as respostas, facultarmos as respostas obtidas também através de IA e, com base nelas, colocar questões que estimulem o pensamento crítico e a capacidade de análise dos formandos/alunos.

Acredito que o caminho passa também por ajudá-los a compreender os conceitos de autoria e originalidade no atual mundo da cocriação. Por isso, passei a conceber exercícios que pedem aos formandos e alunos que mostrem o seu processo de pensamento e raciocínio, que citem fontes Humanas e de Inteligência Artificial e reflitam criticamente sobre as respostas geradas pela IA.
O objetivo é ensinar não só os conteúdos pedagógicos e formativos específicos, mas a desenvolver o pensamento crítico e a criatividade para além do admirável mundo novo que é a Inteligência Artificial. Ajudar a posicionar a IA como uma ferramenta, assumidamente poderosa, à disposição dos formandos e alunos, mas que não pode nem deve substituir o poder analítico individual dos seus cérebros.

E você, educador, formador ou professor, como é que está a ajudar os seus educandos, formandos ou alunos a gerir a utilização das ferramentas de Inteligência Artificial e a lidar com a questão da autoria e da originalidade dos trabalhos que eles desenvolvem?

 

Fonte de Informação:
Copilot, utilizado para recolha de dados quantitativos e referências sobre a utilização do ChatGPT como ferramenta de apoio educativo.

Horários dos Cursos

Curso Intensivo

Tipo

Modalidade

Horário

Duração

L1+S

36 Horas semanais em regime laboral + Sábado

6 Horas diárias: 9:30-12:30 e 14:00-17:00

2 Semanas e meia

L1+D

36 Horas semanais em regime laboral + Domingo

6 Horas diárias: 9:30-12:30 e 14:00-17:00

2 Semanas e meia

L2

30 Horas semanais em regime laboral

6 Horas diárias: 9:30-12:30 e 14:00-17:00

3 Semanas

Curso de Duração Média

Tipo

Modalidade

Horário

Duração

P2

15 Horas semanais em regime pós laboral

3 Horas diárias: 18:30-21:30

6 Semanas

P3

12.5 Horas semanais em regime pós laboral

2.5 Horas diárias: 19:00-21:30

7 Semanas

P1+S

21 Horas semanais em regime pós laboral + Sábado

3 Horas diárias: 18:30-21:30 +
6 Horas ao Sábado: 9:30-12:30 e 14:00-17:00

4 Semanas e meia

P1+D

21 Horas semanais em regime pós laboral + Domingo

3 Horas diárias: 18:30-21:30 +
6 Horas ao Domingo: 9:30-12:30 e 14:00-17:00

4 Semanas e meia

FS

13 Horas semanais em regime de fim-de-semana - Sábados e Domingos

6 Horas diárias: 9:30-12:30 e 14:00-17:00

8 Semanas

O Plágio na Era da Cocriação - Ivete Pereira Hipólito

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